SALTO

O que é o Salto?

Regida pela FEI – Federação Equestre Internacional – a modalidade Salto consiste basicamente numa prova em que o conjunto (cavalo/cavaleiro) percorre um percurso entre 8 a 12 obstáculos diferentes e de variados graus de dificuldade, variando de 0.80 metro (em provas de Escolinhas de Equitação no Brasil) até 1.60 metro (em Grandes Prêmios, Jogos Olímpicos e Mundiais). No Brasil é a modalidade do “hipismo clássico” com maior número de praticantes.

Origem

Os ingleses sempre gostaram de passeios, corridas a cavalo em campo aberto e a famosa caça à raposa. Na caça à raposa os cavaleiros eram acompanhados por cães, e perseguiam e capturavam a caça em campos abertos onde transpunham obstáculos naturais que surgiam em seu caminho.

Na segunda metade do século XIX eles resolveram criar um tipo de prova que reproduzisse as caçadas, mas que fossem realizadas em um recinto fechado e menor que os campos abertos da Inglaterra. Então foram criados obstáculos que reproduziam aqueles encontrados durante as caçadas. Aí se originaram as provas de salto que hoje são realizadas em pistas abertas ou pistas cobertas. Com o passar do tempo o esporte foi evoluindo, as regras se aperfeiçoando e criadas categorias para cavaleiros e amazonas conforme sua idade e grau de preparo técnico.

O salto tem como objetivo desenvolver a musculatura, a flexibilidade e a técnica para transpor obstáculos, com coragem, confiança, agilidade e velocidade em perfeita harmonia e total submissão ao cavaleiro.

Inicialmente os cavaleiros saltavam com o corpo na vertical e para traz tendo como ponto de equilíbrio a boca do cavalo através das rédeas e as pernas. No final do Século XIX o capitão italiano Frederico Caprilli inovou a técnica de saltar, deixando a cabeça e o pescoço do cavalo livres, procurando não interferir no equilíbrio natural do cavalo durante a trajetória do salto. Mudou a posição do cavaleiro na sela, o cavaleiro com os estribos mais curtos, o corpo levemente inclinado para frente e seguindo, durante a trajetória do salto, a mesma direção do corpo do cavalo liberando seu lombo.

O Salto no Brasil

Pioneiro entre os esportes hípicos a serem praticados no País, o Salto teve sua primeira competição em abril de 1641 quando da realização do “Torneio de Cavalaria” em Maurícea, hoje a cidade de Recife, Pernambuco.

Depois desta iniciativa, passaram-se 222 anos até o início da oficialização dos esportes equestres clássicos no Brasil que se deu em 1863 quando do nascimento da Escola de Equitação de São Cristóvão, no Rio de Janeiro (RJ) em uma iniciativa do capitão do exército, Luiz Jacomé de Abreu de Souza.

Praticado pelas elites do eixo Rio-São Paulo, o esporte ganhou novo impulso com a criação, no Rio de Janeiro, da Federação Brasileira de Hipismo em 1935, entidade que inspirou a criação da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) no final de 1941.

A primeira participação de cavaleiros brasileiros no exterior foi em 1942 no Chile. Um salto maior para o esporte foi dado em 1948 quando o Brasil mandou uma equipe para as Olimpíadas de Londres, Inglaterra.

Em 1950 a CBH organizou o primeiro Concurso Hípico Internacional no Rio de Janeiro.

Nas décadas seguintes o Salto cresceu em número de praticantes, surgiram centenas de clubes e escolinhas de hipismo se espalham por todas as regiões do País. Atualmente, a CBH congrega 20 federações estaduais além da Comissão de Desportos do Exército (CDE) localizada na Vila Militar no bairro Deodoro, no Rio de Janeiro (RJ), palco das provas dos Jogos Panamericanos de 2008 e também das olimpíadas de 2016.

O Estado de São Paulo é o maior reduto de praticantes de Salto no País. Conforme levantamento em agosto de 2008,  nos últimos dez anos a Federação Paulista de Hipismo (FPH) registrou mais de 5.000 concorrentes ligados a 292 entidades distintas e distribuídas por 158 cidades. Somados atletas de Salto e da Equitação Fundamental – para atletas iniciantes -, a modalidade é responsável por 82% dos federados.

O Brasil em pódios internacionais

O Salto é também a modalidade com maior número de participações internacionais que somam, até início de 2010, 14 Olimpíadas, as 5 edições dos Jogos Equestres Mundiais, Copas do Mundo, Jogos Panamericanos e Campeonatos Sul-americanos, entre outros.

Rodrigo Pessoa com seu Baloubet du Rouet: campeões olímpicos em Athenas 2004

Entre os vários nomes de destaque internacional, cabe a Rodrigo Pessoa o título de ícone máximo do hipismo brasileiro. Posicionado entre os líderes do ranking da Federação Equestres Mundial – onde já esteve e costuma brigar pelo topo – Rodrigo soma em sua coleção os títulos de Campeão Olímpico individual em Atenas (2004), Campeão Mundial (1998), Tricampeão da Copa do Mundo (1998/1999/2000), Bronze por equipes nas Olimpíadas de Atlanta (1996) e Sydney (2000), duas vezes Vice Campeão da Copa do Mundo (2001 e 2003), Bicampeão do Spruce Meadows Masters, Campeão Pan Americano do Rio por equipes em 2007 e Medalha de Prata na mesma ocasião.

Nelson Pessoa, o Neco, pai de Rodrigo Pessoa, saltando com Baloubet du Rouet, então com 6 anos, em Fontainebleau; considerado um dos melhores cavaleiros e treinadores de todos os tempos, Neco é conhecido pelo seu estilo que faz escola a redor do mundo

Participação brasileira nos Jogos Olímpicos, Jogos Equestres Mundiais, Jogos Panamericanos e Finais de Copas do Mundo

Jogos Olímpicos

1948: Londres – Inglaterra
A primeira Olimpíada em que o Brasil participou. Formada somente por militares, a delegação foi chefiada pelo general Edgar Amaral e contou com o tenente-Cel. Franco Pontes montando Itaguaí, e os capitães Rubem Continentino com Bom Soir, Eloy Menezes montando Sabu e tenente Renyldo Pedro Guimarães Ferreira. O veterinário foi o capitão Darcy Villaça. O transporte dos cavalos para a Inglaterra foi feito por um navio do Lloyd Brasileiro e a viagem durou 32 dias. Alguns cavaleiros seguiram na mesma embarcação. Em Londres, cavaleiros e animais ficaram alojados na Escola Militar de Sandhurst.

A prova das Nações teve como palco o tradicional e famoso estádio de Wembley e o time brasileiro sofreu algumas alterações com a troca improvisada de cavaleiros – Morrot, que havia sido selecionado para competir na prova de Salto foi escalado na última hora para disputar o CCE, montando Guapo, de Eloy, que por sua vez ficou no time reserva de Salto com Sabu. No final dos Jogos a melhor colocação do Brasil foi o 10º lugar de Franco Pontes/Itaguaí.

1952 –  Helsinque –  Finlândia
Com equipe formada por  Eloy Menezes/Biguá, Álvaro de Toledo/Eldorado e Renyldo Ferreira/Bibelot o Brasil registrou um ótimo resultado: 4º lugar no Individual com Eloy/Biguá e 4º por equipe. Nos dois momentos, o Brasil esteve perto, muito perto da medalha olímpica. Num deles, Eloy participou do desempate para o primeiro lugar com o francês Pierre Jonquères D´Oriola/ Ali Babá, o capitão chileno Oscar Christi/ Bambi, o inglês White/Nizefela e o alemão Fritz Thiedemann/Meteor. Uma falta leve de Biguá afastou Eloy do sonho da medalha. Mesmo assim, a 4ª colocação, o então melhor resultado individual conquistado por um brasileiro em Olimpíadas, somente viria a ser igualado em 2000.

1956 – Estocolmo – Suécia
Pela primeira vez os animais foram transportados de avião. Atrasos no embarque e a chegada em cima da hora acabaram prejudicando a preparação da equipe para a competição. A equipe foi formada pelos militares Eloy Menezes e Renyldo Ferreira e por dois cavaleiros civis: Pedro Lopes Corvello e Nelson Pessoa Filho, o Neco. Era a primeira Olimpíada de Neco, que se tornaria um dos maiores cavaleiros do mundo. O Brasil acabou em 10º por equipes.

1960 – Roma – Itália
A equipe foi formada por Francisco Rabelo montando Sultão, Oscar Sotero com Cerrito, Cel. Renyldo Ferreira com Marengo e na reserva Fernando Monzon.

1964 – Tóquio – Japão
Em função do alto custo da viagem, o Brasil enviou apenas Nélson Pessoa Filho/Huipil que viajou com a equipe francesa. Depois de uma apresentação muito boa no primeiro percurso, Neco sofreu uma queda na distensão para o segundo percurso. Mesmo saltando com fortes dores e a perna muito inchada, o cavaleiro carioca reduziu de 12 para 8 pontos perdidos o seu segundo percurso e terminou empatado em 5º lugar.

1968 – Cidade do México – México
Única modalidade com participação do Brasil na equipe formada por Neco Pessoa/Pass Opp, Lúcia Faria/Rush du Camp, José Roberto Reynoso Fernandez, o  Alfinete/Cantal e Gérson Monteiro/Polder. Na competição por equipes, o Brasil obteve a 7ª colocação com 116 pontos perdidos (a campeã somou 112). Na disputa individual, Lúcia Faria, em magnífica apresentação com Rush du Camp, terminou em 12º lugar, com 19,25 pontos nas duas passagens. Foi o melhor resultado entre os competidores do continente americano.

1972 – Munique – Alemanha
Foram dois os representantes do Brasil: Antonio Alegria Simões com Bonsoir e Nelson Pessoa Filho que montou Nagir que terminaram, respectivamente, na 32ª e 39ª colocação após a primeira prova individual, ficando de fora da final por equipes e individual. 

1980 – Moscou – Rússia
O boicote aos Jogos levou apenas cinco países a participar com equipes completas, além de dois competidores na disputa individual. Competiram apenas países sem tradição olímpica. O Brasil não foi representado, apesar de todos os esforços para enviar Elizabeth Assaf e Jorge Carneiro, que estavam na Europa e haviam alcançado ótimos resultados em Roma e Lucerne.

1984 – Los Angeles – Estados Unidos
Pela primeira vez um cavalo de criação nacional marca presença nas Olimpíadas. O Brasileiro de Hipismo MC Alpes foi montaria de Marcelo Blesmann que competiu na equipe formada por Jorge Carneiro/Testarudo e Aramis, Caio Sérgio de Carvalho/MC El Virtuoso e Vitor Teixeira/Natural. Na prova de adaptação, realizada três dias antes com 93 conjuntos, Jorge Carneiro/Aramis foi um dos vencedores, sem faltas, empatado com outros cavaleiros. Na classificação geral, após as duas passagens, a equipe ficou em 10º lugar. Jorge Carneiro/Testarudo, com 21,25 pontos  teve o melhor desempenho e foi o conjunto sul-americano de maior destaque nas disputas por equipes e individual.

1988 –  Seul – Coréia do Sul
Antes mesmo do início dos Jogos o Brasil sofreu baixas. Lassal, cavalo de Neco Pessoa morreu em conseqüência de uma cólica e a égua Wendy, montaria de Carlos Vinícius da Motta não embarcou em razão de uma forte cólica no dia da viagem. Estas duas ausências prejudicaram muito o grupo. O time formado por Cristina Johannpeter/Societé, Vitor Alves Teixeira/Going, Paulo Stewart/Platon e André Johannpeter/Heartbreaker conquistou a 8ª colocação.

1992 – Barcelona – Espanha
Única representação do Brasil, o Salto conquistou o 10º lugar. Neco Pessoa competiu ao lado do filho Rodrigo que aos 19 anos entrou para a história como o mais jovem cavaleiro em Olimpíada, feito que, em 2008, passou para a brasileira Luiza Tavares de Almeida. A equipe foi formada pelos conjuntos: Neco Pessoa/Vivaldi, Rodrigo Pessoa/Special Envoy, Carlos Vinícius da Motta/ Wendy e Vitor Alves Teixeira/Attack Z.

1996 – Atlanta – Estados Unidos
O sonho da medalha olímpica finalmente se concretizou com a conquista do Bronze por equipes, com Rodrigo Pessoa/Tom Boy, Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda montando Arisco Aspen, André Johannpeter/Calei Joter e Felipe de Azevedo/Cassiana Joter. O País fica atrás apenas das equipes dos Estados Unidos (prata) e da Alemanha (ouro) e à frente de equipes de maior tradição equestre, como França, Inglaterra, Itália etc. Doda, após desempate pelas medalhas de prata e bronze, consegue um ótimo 7º lugar no individual.

Os Jogos de Atlanta foram históricos também para a criação nacional com a participação de quatro animais – Calei, Cassiana e Adelfus Joter (pela equipe Suíça) – de criação de Jorge Gerdau Johannpeter, do Haras Joter, do Rio Grande do Sul, e Arisco Aspen, criação do Haras Campos Salles, em São Paulo.

2000 – Sydney – Austrália
O Brasil conquistou sua segunda medalha de Bronze por equipe em um emocionante desempate com a França. O time brasileiro era composto por Rodrigo Pessoa/Baloubet du Rouet, Luiz Felipe de Azevedo/Ralph, Álvaro Miranda Neto (Doda)/Aspen e André Johannpeter/Calei Joter. No desempate, Rodrigo, Luiz Felipe e André zeraram seus percursos, anulando assim as duas faltas cometidas na apresentação de Doda Miranda. Os franceses tiveram um conjunto desclassificado e competiram com um cavaleiro a menos.

Na  disputa individual entrou para a história o refugo de Baloubet e a desclassificação de Rodrigo Pessoa que vinha na liderança com chances de conquistar o Ouro. Rodrigo só precisava zerar o percurso, mas se derrubasse um obstáculo iria para o desempate. E aí o que parecia impossível aconteceu: Rodrigo e Baloubet fizeram a falta no número 1 – teoricamente o obstáculo mais fácil – teriam que seguir sem derrubar mais nenhum. No triplo, Baloubet fez um esforço muito grande para superar o obstáculo e, quando viu o duplo, refugou por duas vezes, levando a eliminação do conjunto. André Johannpeter também ficou perto do pódio conquistando o 4º lugar – igualando seu feito ao do Gal Eloy Menezes, em 1952  – ambos então com a melhor classificação individual na história.

2004 – Atenas – Grécia
Enfim o Brasil é Ouro na disputa individual. Depois da eliminação nos Jogos de Sidney, Rodrigo Pessoa e Baloubet du Rouet deram a volta por cima  e conquistaram o resultado histórico para o País: a primeira medalha olímpica individual no hipismo. Rodrigo saiu de Atenas ostentando a Prata, o Ouro veio um ano depois quando se comprovou o doping do cavalo Waterford Cristal, montaria de Cian O’Connor, da Irlanda. A entrega da medalha foi feita em cerimônia no Forte de Copacabana no Rio de Janeiro. A equipe ficou em 10º lugar e foi composta por Rodrigo Pessoa/Baloubet du Rouet, Bernardo Alves/Canturo, Álvaro Affonso de Miranda Neto/Countdown 23 e Luciana Diniz/Mariachi.

2008 – Hong Kong – China
Rodrigo Pessoa/Rufus, Bernardo Alves/Chupa Chup 2, Pedro Veniss/Um Blanc des Bancs e Camila Mazza de Benedicto/Bonito Z formaram a equipe 10ª colocada e que não pode contar com Álvaro Afonso de Miranda Neto, o Doda, que desistiu de competir em razão da lesão em sua égua AD Picolien Zeldenrust. Uma queda de Pedro Veniss na 1ª passagem da Copa das Nações e a eliminação por substância proibida na montaria de Bernardo Alves, levaram o Brasil a ter apenas dois competidores na disputa Individual. Rodrigo Pessoa acabou em 5º e Camila em 10º. Posteriormente, no entanto, um exame acusou em Rufus a mesma substância encontrada em Chupa Chup 2, levando Rodrigo a perder a classificação e provocando a subida de Camila para o 9º lugar – melhor resultado de uma amazona brasileira nos Jogos.

2012 – Londres – Inglaterra

O time brasileiro finaliza os Jogos na 8ª colocação, sem poder contar com um de seus integrantes, Carlos Motta Ribas, o Cacá, cujo animal Wilexo não pôde saltar no segundo dia. Já Maestro St Lois, montada do também estreante José Roberto Reynoso Fernandes Filho, perde uma ferradura minutos antes de entrar em pista, fato que pode ter causado as dez faltas do conjunto na final. Os outros dois membros, Alvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, com AD Rahmannshof’s Bogeno, e Rodrigo Pessoa montando HH Rebozo, classificam-se para a final individual. Rebozo, que volta de uma lesão, cansa ao final da competição deixando Rodrigo na 22ª posição final, e Doda é o melhor colocado brasileiro com um 12º lugar, empatado com o paulista Cassio Rivetti, que defende a Ucrania, e outros três cavaleiros.

2016 – Rio de Janeiro – Brasil

A expectativa com o Jogos em casa era grande, mas após a desqualificação do conjunto Stephan Barcha e Landpeter do Feroleto – primeiro animal Brasileiro de Hipismo a participar de uma Olimpíada em 20 anos – por um pequeno corte causado pela espora, o time brasileiro não pode contar com o descarte do pior resultado. Chegando à final sem pontos perdidos, Doda Miranda/Cornetto K, Pedro Veniss/Quabri de L´Isle e Eduardo Menezes/Quintol cometeram uma falta cada um mais um ponto por excesso de tempo de Pedro, somando 13 pontos perdidos, no 5º posto geral.

Os três conjuntos seguiram para a final individual. Com um percurso sem faltas, Doda Miranda e Cornetto K terminam na 9ª classificação. Pedro perde um ponto por excesso e termina em 16º lugar, ao passo que Eduardo comete duas faltas e não se classifica para a última rodada. Os percursos foram armados pelo course designer brasileiro Guilherme Nogueira Jorge.

Jogos Equestres Mundiais

Realizados a cada quatro anos, os Jogos Eqüestres Mundiais (JEM) em 2014 chegam a sua a sétima versão. A disputa, que reúne todas as modalidades sob chancela a Federação Equestre Internacional, será na França.

1990 – Estocolmo – Suécia
Classificada em 8º lugar, a equipe foi formada por Nelson Pessoa com Vivaldi, Rodrigo Pessoa montando Special Envoy, André Johannpeter com Heartbraker Joter e Vitor AlvesTeixeira e Zurkis. O melhor resultado no individual foi o 12º lugar de Vitor Teixeira.

1994 – Haia – Holanda
Na pista, Neco Pessoa/Chouman e o filho Rodrigo Pessoa/Special Envoy por pouco não dividiram o pódio por equipe que ficou com a 4ª colocação e contou, ainda, com André Johannpeter montando Calei Joter e Luciana Diniz com Graf Grande. No individual o melhor resultado foi o 5º lugar de Neco.

1998 – Roma  – Itália
A trajetória vitoriosa de Rodrigo Pessoa passa pelo WEG de 1998 quando o cavaleiro conquistou no individual a medalha de Ouro montando Gandini Lianos. Era a segunda vez que Rodrigo competia ao lado do pai, com Neco montando Baloubet du Rouet, cavalo que faria sucesso sob comando de Rodrigo nos anos seguintes. A equipe que ficou em 5º lugar conto também com André Johannpeter/Calei Joter e Álvaro (Doda) de Miranda Neto/Arisco Aspen.

2002 – Jerez de La Frontera – Espanha
O Brasil não fez uma boa campanha e acabou em 9º lugar com o time formado por Rodrigo Pessoa montando Baloubet du Rouet, Bernardo Alves com Oberon, Álvaro (Doda) Afonso de Miranda Neto com Audi San Diego e Celso Ariane montando Quinta. Rodrigo acabou ficando fora da final por um ponto e acabou na 26ª colocação na disputa Individual.

2006 – Aachen – Alemanha
O Brasil sofreu uma a baixa do seu principal conjunto dois dias antes do início da competição. Baloubet du Rouet apresentou uma inflamação no menisco e Rodrigo não teve outra opção a não ser desistir de competir. O time formado por Bernardo Alves/Canturo, Cássio Rivetti/Olona e Álvaro (Doda) Afonso de Miranda neto/Nike terminaram em 10º lugar. O melhor resultado individual foi de Bernardo Alves/Canturo (13º).

2010 – Lexington – Estados Unidos
O Brasil por pouco não sobe ao pódio com a equipe formada por Rodrigo Pessoa/HH Rebozo, Alvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda/AD Ashleigh Drossel Dan, Pedro Veniss/Amaryliss e Bernardo Alves/Vancouver d´Auvrey. Após uma reviravolta no placar, os brasileiros terminaram na 4ª colocação, conquistando a primeira vaga brasileira dentre todos os esportes para as Olimpíadas 2012 em Londres. Também no individual o Brasil ficou em 4º lugar com Rodrigo e Rebozo. Doda obteve uma boa classificação final, em 9º lugar.

2014 – Normandia – França

A equipe brasileira foi formada por Rodrigo Pessoa / Status, Marlon Zanotelli / AD Clowni, Doda Miranda / AD Rahmannhof´s Bogeno e Pedro Veniss / Quabri d Isle . Na quinta colocação, apenas uma falta separou a medalha de ouro do quarto colocado e 0.23 pontos tiraram das mãos do Brasil a inédita medalha por equipe em Jogos Mundiais.A Holanda ficou com o ouro com 12.83 pontos, a França em segundo com 14.08 e Estados Unidos em terceiro com 16.72 pontos perdidos. A favorita Alemanha terminou em quarto com 16.82, seguida do Brasil com 16.95. Suécia, 20.01, em sexto, garantiu a classificação para os Jogos Olímpicos do Rio junto com os quatro primeiros colocados. Individualmente os melhores resultados foram de Marlon Zanotelli, 23º, e Rodrigo Pessoa, 21º.

Jogos Panamericanos

1959 – Chicago – EUA
O Brasil teve brilhante estreia na história dos Jogos Pan-americanos com a conquista da medalha de prata com a equipe formada por Antonio Carlos Carvalho/Relincho, Nelson Pessoa/Copacabana,Francisco Rabelo Leite Neto/Sultão, Renyldo Guimarães Ferreira/Marengo. Antonio Carlos Carvalho, o Carvalinho, com Relincho obteve um importante 4º lugar, depois de apenas uma falta no rio, ficando atrás apenas de três norte-americanos. O chefe de equipe foi Eloy Menezes.

1963 – São Paulo – Brasil
Com uma 7ª colocação, a Equipe foi formada por Antonio Alegria Simões montando Rei Negro, Raul Lara Campos/Candonga, Cel. Renyldo Ferreira/Sultão e o Cap.Francisco Rabelo/Castigo. O  melhor resultado individual foi o 5º lugar do Cel.Renyldo Ferreira e o 7º de Antonio Alegria Simões.

1967 – Winnipeg – Canadá
O Brasil foi medalha de ouro por equipe e prata Individual com Nelson Pessoa Filho montando Gran Geste. O time dourado foi formado, ainda, por Antonio Alegria Simões/Samurai, José Roberto Reynoso Fernandez/Cantal e o Cel. Renyldo Ferreira/ Shanon Shamrock. Antonio Simões também faturou o 4º lugar no individual.

1975 – Cidade do México – México
A equipe ficou em 4º lugar e foi formada por Antonio Alegria Simões/Abeville, José Roberto Reynoso Fernandez, o Alfinete, montando Original, Roberto Joppert/Swan, Ricardo Gonçalves Filho/Kony. O melhor resultado individual foi o 4º lugar de Alfinete.

1979 – San Juan – Porto Rico
A equipe foi formada por Antonio Alegria Simões/Estio, Elisabeth Assaf /Parabellum, Jorge Carneiro/Ponteio, Ricardo Gonçalves Filho/Black Imp. Na disputa individual os dois melhores resultados foram de Beth Assaf, 9ª, e Ricardo, 14º.

1983 – Caracas – Venezuela
Classificada em 6º lugar, a equipe brasileira foi formada por Jorge Carneiro/Aramis, Caio Sergio Carvalho/MC El Virtuoso, Luiz Felipe Azevedo/MC Tambo Nuevo, Vitor Alves Teixeira/Natural. Na disputa individual a melhor colocação foi de Cáio Sérgio, 8º,  e Vitor Teixeira, 9º.

1991 – Havana – Cuba
Brasil conquista sua segunda medalha de ouro por Equipe com o time formado por André Johannpeter/Mississipi, Luiz Felipe Azevedo/Sivestre, Marcello Artiaga de Castro/So Suitor, Vitor Alves Teixeira/Zurkis. Na reserva estava Vinicius da Motta. No individual, Vitor Teixeira faturou a medalha de bronze.

1995 – Mar del Plata – Argentina
O Brasil leva sua terceira medalha de ouro por equipe com André Johannpeter/Calei, Nelson Pessoa Filho/Special Envoy, Rodrigo Pessoa/Tom Boy e Vitor Alves Teixeira/Attack Z. O melhor resultado no individual foi o 4º lugar de André Johannpeter.

1999 – Winnipeg – Canadá
O quarto ouro do Brasil por equipe foi conquistado na performance do time formado por Álvaro (Doda) Afonso de Miranda Neto/Arisco Aspen, André Johannpeter/Calei Joter, Bernardo Alves/Atlética Joter, Vitor Alves Teixeira/Jolly Boy. Na reserva estava Rodrigo Sarmento. Vitor Alves Teixeira conquista sua segunda medalha de bronze individual.

2003 – Santo Domingo – República Dominicana
O Brasil conquista o bronze por equipe no time formado por Álvaro (Doda) Afonso de Miranda Neto/Oliver Método, Karina Johannpeter/Faust de Roan, César Almeida/Salamandra Chapman Rouge, Bernardo Alves/Fort de Neuville Joter, além do reserva Pedro Paulo Lacerda. Na disputa individual, Bernardo Alves foi 8º, Doda Miranda, 12º, César Almeida, 20º, e Karina Johannpeter, 23ª.

2007 – Rio de Janeiro – Brasil
Em casa, o Brasil conquista sua quinta medalha de ouro por equipe em conquista memorável. O time foi formado por Rodrigo Pessoa/Rufus, Bernardo Alves/Chupa Chup 2, Pedro Veniss/Une Blanc des Blancs e César Almeida/Singular Joter II. Em final emocionante, o paulista César Almeida que não tinha ido bem no primeiro dia de competição zera os dois percursos e garante o ouro para o Brasil. Na disputa individual Rodrigo Pessoa conquista a medalha de Prata.

2011 – Guadalajara – México
Pela sexta vez consecutiva nos Jogos o time brasileiro subiu ao pódio, desta vez para receber a medalha de prata com Rodrigo Pessoa/HH Ashley, Alvaro Affonso de Miranda Neto/AD Norson, Karina Johannpeter/Dragonfly de Joter e Bernardo Resende Alves/Bridgit. Bernardo, em uma atuação impecável, levou o bronze, sua primeira medalha individual nos Jogos. A égua de Rodrigo sofreu uma lesão que deixou o conjunto fora da final individual.

2015 – Toronto – Canadá

A equipe formada por Pedro Veniss/Quabri de L’Isle, Eduardo Menezes/Quintol, Felipe Amaral/Premiere Carthoes B Z e Marlon Zanotelli/Rock’n Roll Semilly ficou em 4º lugar. Pedro Veniss foi o melhor brasileiro, repetindo a 5ª colocação do Pan Rio 2007. Eduardo Menezes também ficou entre os dez melhores, na 9ª colocação, e Felipe Amaral terminou em 11º.

2019 – Lima – Peru 

O Time Brasil teve excelente atuação com hexacampeonato por equipes com Pedro Veniss/ Quabri de L Isle, Marlon Modolo Zanotelli / Sirene de La Motte, Rodrigo Lambre / Chacciama e Eduardo Menezes / H5 Chaganus. Já no individual Marlon e Sirene de La Motte garantiram inédito ouro individual na história dos Jogos. Um ponto por excesso de tempo, tirou Pedro e Quabri de L Isle do desempate pelo bronze. A equipe da melhor campanha do país em Pan-americanos foi liderada por treinador Phillipe Guerdat e Pedro Paulo Lacerda, chefe de equipe.

Copa do Mundo

A Final da Copa do Mundo – FEI World Cup Show Jumping Final – é uma competição anual que reúne os melhores cavaleiros, amazonas e cavalos do mundo. Criada em 1978, hoje compreende 14 ligas seletivas totalizando aproximadamente 132 GPs seletivos. Rodrigo Pessoa e o garanhão sela-francês Baloubet du Rouet são o conjunto mais premiado na história da competição com suas 31 edições.

Rodrigo e Baloubet du Rouet levantaram além do tricampeontato consecutivo em 1998/ 1999 /2000, nada menos que dois vice-campeonatos em 2001/ 2003 e uma 3ª colocação, em 2002. Rodrigo ainda aparece em 4º com Special Envoy na Final de 1994 e, finalmente, em 2009, em 5º, montando Rufus. 

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 Fontes: “A história do Hipismo Brasileiro” por Cel Renyldo Ferreira, Revista Hippus, Revista A Galope, Wikipedia, Country Press e May Sports Marketing 

Fonte: CBH